Na semana passada, líderes comunitários da cidade de Southington, no estado americano de Connecticut, anunciaram um evento que coletaria e destruiria cópias de games violentos em trocas de cupons para parques aquáticos e coisas afins. Pois os organizadores desistiram.
Na manhã desta quarta-feira, organizaram uma coletiva de imprensa e explicaram as razões do cancelamento:
"Nós fomos bem sucedidos na nossa proposta. Nossa missão era criar forte consciência em nossa cidade para crianças, seus pais e todos os cidadãos daqui, e conseguimos isso", disse o porta-voz Dick Fortunato. "Nosso outro objetivo era promover a discussão sobre os jogos violentos e mídia e seu impacto nas crianças e famílias em suas casas. E também conseguimos isso. Então achamos desnecessário promover um retorno físico e destruição em massa de mídias violentas, o que criaria, além de tudo, um problema logístico para nós", prosseguiu Fortunato.
A ideia surgiu semanas após o massacre em Newtown, cidade próxima a Southington. No dia 14 de dezembro, 20 crianças e seis adultos foram mortos por um atirador numa escola naquela cidade.
Desde o massacre, recomeçaram as discussões sobre jogos e outras formas de mídia violentas. Mais cedo nesta quarta, o governador do estado de New Jersey, o republicado Chris Christie, disse num programa de TV em rede nacional que os games violentos devem ser examinados como parte de um esforço para reduzir a violência com armas nos Estados Unidos.
Adicionalmente, a Associação Nacional do Rifle (NRA), através de seu presidente Wayne LaPierre, disse numa entrevista coletiva que jogos como Bulletstorm e Mortal Kombat são parcialmente culpados pelo massacre de Newton. Em resposta, o senador pelo estado da Califórnia Leland Yee disse que as declarações de LaPierre foram "patéticas e inaceitáveis".
No mês passado, o senador pelo estado da Virgínia Jay Rockfeller introduziu uma pauta no Congresso americano que direcionaria a Academia Nacional de Ciências uma investigação sobre o papel dos games violentos e outros programas similares com as crianças.
Finalmente, o vice-presidente Joe Biden fará uma reunião com representantes da indústria de games ainda este mês, para discutir o papel dos jogos violentos nos massacres.
Fontes: Polygon e Gamespot
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