29 de nov. de 2011

"O modelo de jogos a 60 dólares está quebrado", diz desenvolvedor independente


O chefe do bem sucedido estúdio independente 5th Cell, responsável por sucessos como Scribblenauts, do Nintendo DS, bateu forte no atual modelo de negócios da indústria de games, dizendo que o "modelo de jogos de 60 dólares está quebrado".

Em entrevista ao Gameinformer, Jeremiah Slaczka disse: "O modelo do jogo de 60 dólares numa caixa está quebrado, sempre esteve quebrado, e está mais quebrado hoje em dia porque os jogos estão mais caros para desenvolver, produzir e divulgar".

"Há alguns anos esse modelo era tolerável, porque os custos eram suficientemente razoáveis para permitir que jogos de vendas medíocres fizessem dinheiro, mas hoje em dia é insano. Se você não for ter um megasucesso de 60 dólares, melhor nem tentar fazer, senão serão dezenas de milhões pelo ralo".

Slaczka citou Homefront (foto), jogo de tiro em primeira pessoa da THQ, como exemplo de jogo triplo-A que poderia ter se dado melhor com uma estratégia diferente de lançamento.

"Homefront foi apenas regular como jogo de tiro em primeira pessoa - não é ótimo, nem horrível, é apenas OK. Mas como consumidor, por que pagaria para jogar um FPS que é apenas OK se tenho uma série de grandes FPS pelo mesmo preço? É o que os jogadores fazem".

"Enquanto 13 milhões de pessoas compraram Call of Duty: Black Ops só nos Estados Unidos, quebrando recordes, menos de um milhão comprou Homefront nos EUA. O consumidor votou com sua carteira, certo?"

"Em vez de cobrar 60 dólares, porque não dar a chance do cidadão alugar Homefront por 4,99 por 24 horas, direto de seu console? Ou então se o jogo custasse 30 dólares pela campanha solo, e depois, caso o jogador quisesse, pagasse mais 30 pelo multiplayer?"

"O mercado provou que os jogadores não queriam pagar 60 dólares por Homefront da mesma forma que pagam 60 dólares por Black Ops. Claro que ainda há espaço para os grandes lançamentos, mas uma série de outros títulos poderiam tentar outros métodos de distribuição além do convencional. Seria um cenário onde todos ganhariam", concluiu Slaczka.

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