7 de nov. de 2011

Call of Duty: Modern Warfare 3 teve roubo de cópias, venda antecipada e polêmicas antes do lançamento


Amanhã, 08 de novembro, chega oficialmente às lojas de boa parte do mundo (Brasil não incluso) Call of Duty: Modern Warfare 3, o mega-antecipado jogo de tiro em primeira pessoa da Activision. E o jogo foi parar nas páginas policiais nesta segunda-feira.

Na França, perto de Paris, um caminhão que continha cerca de 6 mil cópias do jogo foi roubado na manhã de domingo (6). De acordo com o canal francês TF1, um carro bateu no caminhão, que parou para "fazer um relatório" - provavelmente ligar para algum serviço de emergência. Foi a hora em que dois homens mascarados, armados com gás lacrimogênio, atacaram o pessoal do caminhão, subiram nele e fugiram.

Horas depois, uma reportagem da France Presse revelou que o valor da carga chegava a cerca de 400 mil euros, o que rende 6 mil cópias do jogo.

O que aconteceu com as cópias é desconhecido. No site de compras e leilões eBay, entretanto, surgiram dezenas de vendedores com Modern Warfare 3.

Roubo à parte, nos EUA e na Europa lojas abrirão à meia-noite desta terça para vender o jogo pelas vias normais. No Reino Unido, as redes Game e Gamestation abrirão 574 lojas para dar as boas vindas ao novo Call of Duty. Na matriz da rede, na Oxford Street, em Londres, os consumidores terão chance de ganhar prêmios da Samsung, e "virão um lançamento com estilo como nunca visto antes". Será melhor que o tanque de guerra que colocaram na rua para promover Battlefield 3?

Nos EUA, a Gamestop abrirá 4400 lojas para vender Modern Warfare 3 à meia-noite, enquanto a Wal-Mart terá 2700 lojas abertas.

Já os felizardos que colocaram as mãos no jogo antes da hora, devido a lojas que o colocaram à venda antes do devido, não serão banidos, contrariando ameaças da Microsoft nas últimas semanas. Um dos diretores da Infinity Ward, Robert Bowling, disse em sua conta no Twitter que "não há planos para banir os fãs, mas tente esperar a meia-noite de terça para jogar MW3. Não posso esperar pela chance de começar a jogar online junto com todo mundo".

Antes, o diretor de "polícia" da Xbox Live, Stephen Toulouse, disse em sua conta no Twitter que "quem jogasse MW3 antes da hora poderia ter suas contas da Live afetadas". Não houve nenhum comunicado da Sony sobre eventuais cópías vazadas de MW3 para PlayStation 3 ou sobre usuários jogando antes da hora na PSN.

O fato é que já há uma enorme quantidade de vídeos do jogo no Youtube, como postamos ontem. Um deles (assista aqui - http://www.youtube.com/watch?v=9msPZA43zGo&feature=colike) já vem rendendo polêmicas, porque mostra uma explosão que mata uma mulher com uma criança.

O diretor criativo da Sledgehammer Games (parceira da Infinity Ward na produção do game), Bret Robbins, disse ao VentureBeat que "Modern Warfare 3 tem alguns momentos chocantes"; "mas como disse antes, não estamos tentando colocar violência gratuita no jogo".

Os comentários de Robbins vieram após o vídeo citado acima ter vazado. Nele, mãe e filha morrem após a explosão de um caminhão estacionado perto de Westminster, em Londres.

"Queremos mostrar os efeitos da guerra", explicou Robbins, não se referindo à cena da criança em si, mas a Modern Warfare 3 como um todo".

"O que acontece se uma grande cidade nos EUA é atacada? Se você estivesse andando na rua na hora, o que aconteceria?"

"Civis são parte disso, pessoas inocentes são parte disso, infelizmente".

Modern Warfare 3 se passa ao redor do mundo, num cenário fictício de uma Terceira Guerra Mundial. As maiores cidades do mundo são devastadas por ataques terroristas.

"Como você age tendo que montar uma história onde o mundo todo vai pelos ares?", pergunta Robbins. "Você pensa nas cenas e momentos e tenta encaixá-las no roteiro, então você não faz isso só pela diversão de explodir o mundo".

"Isso faz sentido? Os personagens deveriam mesmo estar ali naquele momento? Isso se encaixa no roteiro? Temos que deixar tudo excitante para o jogador, mas tem que fazer sentido".

"Não pode ser gratuito", adicionou. "Não pode ser apenas fantasia, tem que ter missões verossímeis, coisas que você pensa que realmente podem acontecer, dadas aquelas condições iniciais extraordinárias. Então vivemos sempre na tênue linha entre o verossímil e a ação ininterrupta".

Robbins negou que a produtora estivesse tentando trazer algo tão ou mais controverso que a missão "No Russian" de Modern Warfare 2, onde você tem que executar inocentes num aeroporto.

"Não pensamos em nos superar nesse sentido, a coisa precisa ser autêntica e que faça a história andar", declarou Robbins.

"Você sempre tenta se superar e avançar os limites que a mídia e o roteiro lhe impõem, e nosso objetivo é trazer algo memorável para nosso público, que eu sei que é grande". "Eles terão experiências sobre as quais conversarão com outras pessoas no dia seguinte. No fundo, todo nosso negócio é tentar criar algo único e que fique na memória", finalizou.

Fonte: Eurogamer

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