29 de abr. de 2011

Empresas de cartões de crédito dizem “não ter percebido fraudes relacionadas à Sony”


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A saga da queda da PlayStation Network continua. A Bloomberg publicou dois artigos: no primeiro, diz que MasterCard, American Express e Wells Fargo não perceberam atividade fraudulenta relativa à Sony. Em outro, a Sony anunciou que os dados de cartões de crédito dos usuários foram encriptados durante a invasão e que não há evidências de dados roubados.

A revelação sobre os dados não roubados pelas empresas de cartões de crédito é um raro bom momento na crise, mas o caso está deixando sob os holofotes um executivo específico: Kaz Hirai (foto), que tornou-se chefe de toda a área de eletrônicos de consumo da Sony no último dia 01 de abril. O fim do caso é particularmente intenso para Hirai porque ele divulgou um plano de usar a PSN como base para uma loja de conteúdo online que se estenderia a outros dispositivos, como TVs de alta definição e players de Blu-Ray.

"Quase tudo que Hirai vem tentando fazer tem algum elemento da PSN" disse o analista de segurança da JP Morgan, Masahiko Ishino. "A estratégi da Sony de conectar seus produtos numa mesma rede é crucial para a transformação da companhia. Eles podem ter problemas se os negócios não derem certo", completou Ishino.

Hirai conta com uma solução decente para o caso da PSN para que esta não afete suas chances de suceder o atual CEO da companhia, Sir Howard Stringer. Quando Hirai foi anunciado chefe da divisão onde está agora, Stringer disse "esta é uma oportunidade para a diretoria conferir o trabalho de Hirai-san e julgar sua performance".

Enquanto isso, as ações da Sony despencaram na Bolsa de Tóquio. Ontem, a queda foi de 4.5 pontos percentuais, a maior desde os terremotos e tsunami que atingiram o Japão no último mês de março.

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